quarta-feira, 27 de junho de 2012

NigUmConto #04 - Episódio SeisVII: Um Novo Refúgio - Cap.01

Eaí meus Queridos. O NigUmConto #04 tá no ar! Ííuhúú!  E o Texto de hoje é intitulado: Episódio SeisVII - Um Novo Refúgio; Cap.01 - Ambientada no Universo: Star Wars. Eaí! Vai ter a Força pra ler?
Episódio   SeisVII
Um Novo Refúgio

Há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante....
Enquanto todos que estão, nos altos Cargos de Poderes do Congresso Federativo da Nova República tentam implicar os seus esforços de supremacia para si, diante dessa Nova Republica formada, a pouco mais que 30 anos chamada de: Nova Aliança Republicana.
Muitos dos soberanos de cada planeta fortemente capazes de subjugar os seus sistemas solares, estes armam, em segredo, artimanhas para ganharem votos e, eleger seus fieis e leais políticos aos devidos Supremos Cargos do Congresso, diante dessa situação em que se revela em total desordem, em pleno ano eleitoral na capital Coruscant, este poder, que até agora, exercia em repletas dificuldades e pouca capacidade em governar e combater os desleais, muitos destes, julgando em fazer leis com as próprias mãos em cada canto desta Galáxia.
Enquanto os cavaleiros jedi, os guardiões da paz e da justiça na Galáxia, há bastante tempo, tentam reorganizar seu conselho jedi a cada dia que se passa, com um número menos expressivo de cavaleiros que gostariam. Os intermináveis mercenários e criminosos crescem em tamanha força, pondo medo em milhares povos pacífico existentes. E ainda há estes tais donos de inigualáveis fontes de minérios, que ajudam a aumentar suas riquezas e estabelecer os seus mandos territoriais.
Esta época, não está sendo boa para quem luta para se ter harmonia....

Capítulo 1

Espaço Porto de Mos Eisley - Tatooine
Em uma Toca qualquer.

Levado pela Força, Noham Skywalker que desconhece dela, está agora em uma Toca infernal rodeado de tanto humanos, mas a maioria sendo seres dantescos, e alguns e outros desconhecidos em distinguir como uma raça, neste lugar que é embalado por músicas saxofônicas e murmúrios grupais.
Até aí tudo bem, se não fosse por dois motivos que passara de relance em sua mente: O primeiro foi ter sido levado até onde está agora. Como outras tantas vezes a este planeta. Sendo por sentimento ou intuição de algo inexplicável, jurando para si, que ainda senti que sua mãe, que nunca conhecera, declarada como morta está viva. E o segundo, mentira desta vez, quando fora abordado por C-3PO e R2-D2 no saguão da frota de naves imperiais de Naboo, onde mora, dizendo ir para Tatooine sozinho por saber que um negociante de peças altamente recomendado, estaria de passagem neste planeta quente e desértica.
Suas mãos estavam sobre o balcão extenso e espesso, a espera por sua bebida, e aos lados, algumas pessoinhas discutindo e mais ao fundo, quase todas as mesas estando ocupadas e os serviçais humanos, servindo a todo instante. É um bom espaço para ser visto de tudo num lugar como esse, até alguém chegar muito, muito perto, ao ponto de quase encostar.
— Saberia que estaria aqui, filho. – Soou a voz familiar.
— Como? – perguntou sem olhar. Já sabendo a essa altura.
— Se esquece que sou eu que estou falando. – a pessoa falara apoiada em cima do balcão, olhava quase carrancuda para ele. — Sua tia, eu e a Jeyne,ficamos preocupados, até o C-3PO dar nos dentes. – Achou engraçado ao lembrar. — Aquela lata velha. - quase riu. — Mas eu, já tinha imaginado que você estaria aqui.
— Ah, é mesmo? – respondeu sem querer, quando o garçom humano de profundas horas de trabalhos expressas em sua cara lhe trouxe um recipiente, com a bebida esperada depositando em sua frente. — Não é uma boa hora tio. - Olhara de relance para essa pessoa ao seu lado, ao mesmo tempo em que seu recipiente de bebida se aproximara até sua mão semi-aberta. Foi breve e quase profundo o breve olhar de canto de olhos em que deu. Mas voltara para o mesmo estado como anteriormente.
A carinha em que um ser, de uma fera enfatizada de peixe fez, em seu outro lado quando virá à cena, chegou a ser engraçada pelo “invisível fantasma” ou, pensar em parar de beber por ver coisas estranhas se mexendo.
— Aham! Uma boa hora? Até parece que conto com as horas. — Respondera quase se divertindo retorcendo um pouco o canto dos lábios formando uma minúscula cova na bochecha. Noham bebera seu líquido e logo afastara ele em poucos centímetros à frente, olhando os tubos de extração e estantes cheios de vasilhas e comidas.
— Sabe! Não é por nada não, mas... Ta ficando tarde! – enfatizou — Nós estamos aqui, e sua tia lá, e esperando nós ir até ela, por que... — suas falas saiam meio rabiscadas e seus gestos eram de superiores ao explicar. — Sua tia! Não gosta quando você sai sem avisar a ela, e manda euzinho aqui, saber onde está. Não acha que mereço ir e logo deste lugar? – Olhara rapidamente para o ambiente cheio.
Este lugar marcado com tamanha concentração de escória, num certo passado, já fora um refúgio de familiaridade para este senhor com fios grisalhos ao mesmo estilo de cabelo de Noham, porém curtos, surgia dele uma aparência nobre e detalhes sem iguais de um capitão antigo. Sua postura ainda permanecia assim.
— Não é uma boa hora tio. – respondera a mesma frase olhando agora para seu tio num mesmo olhar significante e confiante dele mesmo, quando está prestes a uma decisão certeira. Os olhos claros, porém fortes de Noham, olhavam para os olhos de família e rosto muito parecido com a mesma estatura. Mas a face do seu sobrinho, esta, está cheia de marcas de aventuras e golpes, especialmente de Animais, principalmente nas sobrancelhas e neste momento, seus cabelos castanhos e até cheios, ao ponto de começar a enrolar, necessitando urgentemente de um bom banho.
Ficaram pouco tempo se olhando e Noham, retornou como estava antes. Com as mãos sobre a mesa e olhando para alguns vidros que se refletiam em imagens difusas. Ele pedira somente com um olhar outra bebida ao mesmo garçom que notara seu copo vazio. Até que decidido, a voz da figura ao lado meio pensativa dera sua resposta.
— Aham, eu posso saber qual o motivo? – perguntou.
 — Olhe bem em volta. – o jovem respondera e imediatamente o seu tio olhou, e pôde notar algumas estranhas movimentações. Ele captara na hora que não eram boas pessoas, fitando os dois ali em questão. Ele respondera já tirando os cotovelos do balcão.
— Então. – saiu à voz decidida. — Vou tomar alguma coisa aqui mesmo. To morrendo de cede. – disse e prosseguiu — Vou ta ali no fundinho se precisar. – falou quase tocando nos ombros do sobrinho. — Igualzinho ao pai. Não perdi uma. – Han Solo sussurrou em vão indo em direção as mesas do fundo. — To ali viu. — Apontou como se ninguém tivesse visto até seus olhos acharem um lugar vazio.
Novamente Noham Skywalker estava fixo nos vidros e sua bebida chegara como antes, e o garçom nem mesmo esperara pelo pagamento, já sairia para alguns atendimentos. Seus dedos apontaram para o copo que chegará até eles como uma folha leve a escorregar. Não estava numa distância tão grande. Simplesmente a centímetros de seu alcance.
Ao mesmo tempo, o ser ao lado, balançou a cabeça confusa e olhara de cantinho, com seus olhos redondos, escuros e semi-saltados para o ser humano concentrado para um ponto fixo. Só que este ponto estava perto e ele já sabia.
Os trajes de todos eram como soldados esmaltados em verde, seres inconfundíveis. Fora fácil a percepção de Noham que sacara o seu sabre-de-luz muito rapidamente e já cortará três, quatro em sua volta. Seus bons trajes escuros como de um forasteiro ali para esse local, não balançou nenhum pouquinho, e nada tinha sido tão dantesco ao perceber, como aquele ser com cara de peixe, tinha dado passos para trás com um pulo de um cervo caindo no chão, levando outros consigo.
Em outro ponto da Toca, Han tinha sido advertido e contrariado por outro soldado que queria algo que dizia ser dele, e exigia pagamento imediato. Sabendo ou não, o tio de Noham sacou e disparou sua arma a lazer, muito antes mesmo de o marginal ter sacado a sua, e agora, o criminoso jazia no chão com marcas de tiros e pequenos fios de fumaça sendo expelido para o ar.
O jovem Skywalker, um virtuoso jovem, porém não mais garoto há muito tempo, fora coberto nos pés por cadáveres enferrujados, mas sua fúria quase tinha ofuscado sua visão, quando sua lâmina, de uma vibrante luz vermelha de mais ou menos um metro de comprimento, fora o cabo prateado, agora parara a poucos centímetros do pescoço de uma garçonete humana que estava passando no momento inoportuno.
Foi por pouco que a serviçal segurando uma bandeja vazia, também iria ficar sem cabeça. O espadachim Skywalker num breve relance retirou-a o seu sabre e o laser se desfez, ao olhares fixos nela e depois para os lados notando todos da Toca surpresos, mas não assustados, sem aquela música estranha antes ouvida.
O breve silêncio se desfez novamente com as músicas saxofônicas e murmúrios grupais, juntamente com a chegada de uma mão familiar em seu braço. Era a do seu tio, Han Solo. E você deve estar se perguntando sobre o sabre-de-luz vermelho, não é mesmo?
Continua....

sexta-feira, 15 de junho de 2012

NigUmConto #03 - AURORA: O Selo Órion - Cap.01

Eaí meus Queridos. O NigUmConto #03 tá no ar! Ííuhúú!  E o Texto de hoje é intitulado: AURORA – O Selo Órion; Cap.01 - Ambientada no Universo: A Batalha do Apocalipse. Eaí! Vaí ler ou não Vaí?
AURORA
O Selo Órion
Capítulo 1

Não há pós...
Tsafon, Monte da Congregação, incontáveis dias...

— Daqui adiante, seguirá sozinho. - falou Nathanael. — Ou melhor. – corrigiu-se se adiantando. — Me encontrará aqui de volta, meu amigo. Não poderei entrar nesta Casa. — Os olhos difusos do atlante ao lado, estavam indagados pela situação.

— Vá! Deve-se caminhar até ele. Esperarei aqui. – mostrou-lhe a mão para a escadaria de mármore perante a figura altiva e virtuosa de Órion, aparentemente numa pontinha de aflição, daquelas que dão friozinhos na barriga nos seres humanos, mas o Rei Caído, nem chega a ser um deles.

— Nathanael – se pronunciou o atlante disfarçando o seu intuito incômodo, por ver a conservadora postura do ofanin mais alto do que ele, numa luz de pureza usando uma túnica clara, única e magistralmente combinando com seus lindos fios de cabelos e olhos dourados. — Agradeço pelo seu turismo. - quis dissolver numa brincadeira e se pôs a andar, e subir os primeiros degraus. — Então, espere a volta Nathanael. Não espere por esperar. - sua dissimulação fora forçada ao encarar o topo coberto por névoas.

O Mais Puro, em seu lívido ser, acompanhou num cruzar de braços a figura honrosa de seu amigo passar pelos grossos arcos e pilares, e desaparecer rumo à alta Casa, o Santuário do Alvorecer.

O vento ameno e a entrada da alta Casa, transformava tudo tão gigantesco para ele, o Rei Caído, que presenciava o absurdo diante dos seus olhos negros, tanto iguais de negridão, como se eles fossem pérolas negras, daquelas dentro de conchas retiradas do fundo de oceanos frios.

Sua feição amistosa não escondia o quão surpreso o que estava contemplando. Estava no Santuário do Altíssimo. O salão se agigantava mais dentro do que visto por fora. O chão de mármore escuro nunca visto e nunca pisado por ele, dava um inigualável sentimento nunca sentido antes. — Como? Como eu posso? Não era para eu estar aqui. - ainda insistia em sua mente desde quando o Quinto arcanjo tinha lhe dito há décadas. E esse dia era hoje. Estava no agora.

— hûm hûm hûm. - o riso abafado e o os passos surgiram do além do vazio por entre os poucos pilares. — Está abismado, meu caro irmãozinho! - surgiu à bem perto, ao lado dos tronos divinos, eram sete, e o do meio, o maior de todos.

Uma aura com sua leveza.

O surgimento dessa aura resplandecia incandescente e divina, pura de um traje muito elegante como Nathanael, até a altura era a mesma, embora os adornos sejam em verde-broto. E as asas? O arcanjo em penas brancas, mais parecia nuvens das montanhas pela má iluminação e o elohim, como ouro escurecido. Mais saibam que a veracidade antes permitia o uso delas nesta Casa.

Órion nada disse, e acompanhava o trajeto da figura altiva vindo em sua direção. Atrás e nos lados, o que via não passava de enormes e maciças paredes demarcadas, e brechas que se sucediam em escuridão. E tudo corria até bem se seus olhos pudessem captar o que acabara de se transformar. O salão tornou-se numa espécie de auditório, aos lados estavam três fileiras de tronos em pedras retalhadas. Os sete tronos divinos se engrandeceram como que muitos construtores a erguessem do mesmo lugar e fizessem dois pedestais como parte delas, e o trono do meio, este, o mais realçado.

— Rafael! Como eu posso estar aqui? - atônito, finalmente o atlante perguntou. — Não posso imaginar, isso. - As sobrancelhas se retraíram como a testa de uma pessoa que força as vistas, não podendo enxergar algo nítido.

— Imaginar? Talvez. Mas por quê? Isto sim, eu tenho que lhe responder, caro irmãozinho. - soou a voz límpida como seu jeito de ser sublimemente.

Rafael segurava duas taças de cristais vazias. Uma beleza elegante mais ao mesmo tempo, ambiciosa e alegre andava a passos lentos. — Talvez isso não! Tenho perguntas antes, Rafael. - seu pensamento transgredia em interrogatório. Mas a principal, mesmo sabendo, ainda não lhe foi perguntada. Malemal chegou! E seus lábios, já estão secos.

— Não precisa me chamar de irmão, Rafael. Já lhe disse isso muito, muito antes, que sou apenas um ajudante, e somente isso. - enfatizou, mas sem ser louvável.

— Sua lembrança é um dom divino, Órion. E é isso e digo mais... - se virara e começara a andar na direção do altar de tronos em passos largos como se alguém estivesse lá, sentado no lugar mais alto. — É por ela e por outras, que você está aqui, meu irmãozinho.

— Já disse para não me chamar assim, divino celeste. - nos pensamentos do Rei Caído, o arcanjo virava-se novamente para o elohim estático no centro deste tal proeminente auditório, novamente atônito.

O Patrono dos ofanins, retornava com as taças nas mãos cheias de liquido bordô. — Aceita uma taça de vinho? É agraciado pelo próprio Dionisio. - experimentou e ofereceu. — Tome.  estendeu — É divino como nos anos daquela época maravilhosa, onde os humanos veneravam esse patrono ancestral. - de perto se via uma semelhança entre eles.
Órion, nulo perante o ser soberbo aceitou, mas mesmo de lábios secos não provou. Ao contrário de Rafael que no mesmo instante, tomara mais alguns goles.
— Não gosta deste vinho, Órion? Ou será melhor de outra data? - questionou a retrocedência em questão.
— Não, divino arcanjo. Não há como negar, mas as perguntas são inevitáveis. Eu...
— Não precisa responder, nem mesmo perguntar. - interveio. — Eu lhe peço desculpas, nobre e único Rei de outrora existente. - enfatizando nas últimas palavras no qual gosta. — Devo é claro, fazer alguns esclarecimentos é obvio. - Andou para o lado e um pedestal brotara inevitavelmente ao lado de um pilar arredondado em estrias ovais acinzentadas. A taça e a jarra iriam cair e se espatifar no piso, numa cena lastimável se não estivesse sido - do nada! - materializada.
O arcanjo voltara para continuar.
— Por causa do selo, Órion. Por causa dele que você pisa aqui. E é por causa disto, eu nem preciso perguntar o que você, meu caro irmãozinho. - a pausa foi reflexiva — Ainda vaga em lembranças deploráveis, não é mesmo? - seu som e semblante ficaram leves e obstinados que a vibração fosse e chegasse aos ouvidos do elohim atônito. Ou era o acústico da localidade?
— Até agora nada, divino arcanjo. Este livro nunca foi meu. E nunca mais foi visto por nem sequer uma aura pulsante. Devo reconhecer que, nada há disso...-– suas questões não podiam ser mais evitadas. — Eu, devo perguntar, divino arcanjo. Mas como? Cadê os outros divinos celestes? Imagino eu sendo visto por eles, bem aqui.
— Tenha um pingo de serenidade, Órion. - vendo a estática figura incompreensível, ele não pôde conter. Um trono rastejava em pedras retalhadas, num ruído peculiar de pedra sobre pedra, vagarosamente chegava até o atlante para logo ele se sentar.
— Sente-se, meu caro irmãozinho. - demonstrou uma palma da mão. Seria outra graciosidade para os olhos profundos do elohim? Em sua pele morena e a pouca barba rala, os leves e negros fios de cabelo, agora, situava-se sentado, ainda segurando a taça com vinho bordô intocável, e seus lábios, ainda persistiam secos.
— Como você e os demais sabem, e vocês devem saber muito, como são amados aqueles meus irmãos. Sempre cuidando de suas hordas, além do mais, sempre estão. - deu a pausa soberba indo novamente em direção aos tronos sabendo da aflição do Rei Caído, que agora era inevitável não notar. — O Livro, Órion!. - os passos voltaram. — Já que não sabes muito bem, Nathanael vai ser o seu guia, já que são como, coirmãos. E vocês dois, irão encontrá-lo e antes que você me pergunte. - o arcanjo tinha feito o sinal com uma das mãos. — Estamos num tempo fabuloso para desbravar, não acha?
— Sim. Mas... - mudou a trajetória da resposta — Há tantas ilhas artificiais e flutuantes, eles voam até a lua em incontáveis vezes e não há como saber por onde começar a procurar. - Órion estava perdido. Ou menos transmitia isso.
— Não se preocupe meu caro irmãozinho. Como eu disse. Nathanael vai lhe ajudar. E agora, pode ir, antes que meus irmãos decidam vir até aqui, sem ao menos der tempo para uma retirada. - o atlante se ergueu e Rafael se aproximou. — Deixe comigo a taça, meu irmãozinho, já que nem sequer se agraciou dela, e que Deus lhe ilumine, único Rei. - o som novamente era ambicioso e alegremente diferente com certo tom de malícia, que até poderia ser sentido naqueles lindos olhos vibrantes.
O atlante não sabia se despedir e ia para a saída - ao mesmo tempo entrada - sendo acompanhado pelos olhos do Quinto arcanjo que segurava a taça antes sua, até lhe fazer um sinal de veneração quando se virou para a última contemplada. Órion lhe retribuiu com o mesmo sinal para o divino celeste, que aos poucos, a saída foi se iluminando e a escadaria íngreme, surgira de repente aos seus pés.
Os passos de metal, lentamente se aproximavam, até parar ao lado da Cura de Deus e a voz, soou sublime.
— Tem certeza que vai dar certo, irmão? - perguntou a voz sublime no emanar de mesma potência de aura do Quinto arcanjo. Ali, só eles, os cincos arcanjos, podem sentir a presença de qualquer emanação interna e externa. É prescrito por Yahweh.
— Nunca duvidei de Órion em toda a existência, Gabriel. - respondeu com os olhos ainda compenetrados, com todo o parlatório antes feito.
O Anjo da Revelação vestido a sua túnica longa e cinzenta, com toda a armadura, mas sem o elmo, em seu ser de presença magnânima, não deixou de perguntar o que os seus olhos claros, porém reluzindo em fogo, de um estado sereno não conseguia evitar.
— Seu estado em que se comporta meu irmão, como uma espécie humana, aliás, sua aura e o corpo humano que adotaste, chega a ser irritante sabia? - ele retrucara o irmão cruzando os braços, a voltar a fitar na mesma direção em que ele mirava.
O sorriso do canto de boca do Quinto arcanjo, só foi coberto pelo gole de vinho tomado ao se lembrar como conseguiu ser, o que agora nunca e nem ninguém, podiam ver e perceber neste divino celeste, como ele sempre fora: o Patrono dos ofanins,
Há sete tronos divinos, e a existência, sempre brilha.
Continua...

sábado, 2 de junho de 2012

NigUmConto #02 - A Barata e a Batata do Baraka mais Babaca do Bairro: O Barakatata

Eaí meus Queridos. O NigUmConto #02 tá no ar! Ííuhúú!  E o Texto de hoje é intitulado: O Barakatata. Este Conto só será uma comédia se você não ler. Então! Bôra Lê!
A Barata e a Batata do Baraka mais Babaca do Bairro
O Barakatata


Rrrrrggggrrrrrrr – seu estômago tocou o aviso. — Estou com fome. – disse ele. — Mãeeeee! Vai fazer o que pra janta? – Deu um berro na beira da escada.
— Filhooo! – gritou lá de baixo. — Sua mãe vai sair pra jantar fora com a família da Ruth, lembra?
— Há ta! — devolveu o grito. — E tem o que pra mim jantar? – Voltou a exercitar.
— Nada! — apareceu no corrimão da escada. — Tem um monte de coisa pra fazer e é você mesmo que vai fazer filho. Fica aí malhando e não me escutaaa! – Teve que berrar com seu filho, pois ele fazia apoios no corredor escutando nos fones de ouvido.
— Filhooo! – Exagerou no grito.
O gurizão se ergueu rapidamente um pouco exasperado e suado com sua roupa de treino.
— Vê se faz alguma coisa pra você, à geladeira ta cheia. Ouviu! – Fez cara de mãe mandona.
— Ta mãe. – Respondeu paciente.
— E vê se come. E... para de ficar malhando por todos cantos da casa. – disse ela. — Que coisa....e...
— Ta mãe. – Rapidamente respondeu.
— E vê se come! E come direito e...nada de pedir tele-entrega. Escutou? – A voz se impôs.
— Ta mãe. – respondeu. — E tem o que pra come direito? – Perguntou com as mãos na cintura.
— Aham...você quer ficar...assim – fez auto-exame de mãe - jovem e forte não é? Invés de carne, bacon, presunto e...carne e... essas coisas. Come massa, pão, ovo, batata. Deixa de lado esse seu gosto de carne um pouco. Oh! Tem tudo isso na geladeira viu! – Dada a orientação a mãe retornou de passadas curtas de onde o apito da maquina de sacar soou.
— Ta mãe. – Murmurou objetando em partes com os dizeres de sua mãe e virou-se na direção do seu quarto.
— Há! – a mãe voltou. — Vou chegar lá pelas 11:00hs (noite). Espera até eu chegar antes de sair.
— Ta mãe. – respondeu. — Já ta indo? – Perguntou.
— Sim. Daqui 20min seu pai chega da escola com sua irmã pra irmos. Te aviso antes de sair. – Entrou por entre as arestas da sala de jantar.
O som da TV tava alto. O canal de MMA de preferência. O último alongamento, e sua mãe apareceu, vestida, toda arrumada para sair.
— Já disse pra bater antes de entrar mãe. - Falou pacientemente com a mãe, como tantas outras vezes, já sem os fones nas orelhas.
— Você que não escuta com esse volume todo. – disse ela. — O pai chegou. Tchau. Beijos. – A mãe se despediu.
O banho foi rápido. A cozinha parecia um mostro das furnas.
As panelas eram para ele como poços artesianos em cima do armário. Devolveu-as em seus lugares. A geladeira, uma câmara fria, mas sem carne a vista. Era como uma câmara que precisava ser explorada, mas não tinha se quer carne, presunto, bacon, tomate e nada vibrante em vermelho de seu desejo.
Rrrrrggggrrrrrrr — Estou com fome. – Murmurou indo direto para os armários ao lado, coçando a cabeça raspada com tics dele próprio.
— Aham. Tem pão. Massa. Salgadinho. E...arroz, feijão. – dizia ele abrindo porta por porta. — Eu não vou cozinhar feijão. Nem arroz. Seria bom ter carne.
O tamanho da geladeira não dizia vazia”, mas não tinha nada do que ele queria. Seus olhos foram para um lado, e ali estava a fritadeira elétrica prontinha e lhe chamando para usar. Não pensou duas vezes. — Fritas! – Deu água na boca.
Tudo pronto e ligado. Só ligada. — Falta óleo. – já estava procurando. — E falta batata. – Tudo na mesa. — Nem tudo pronto. Falta cortar as batatas é lógico.
Procurando pelo descascador e o fatiador de batatas. Nada estava a vista. A fritadeira elétrica até saía fios de calor. A solução era descascar e cortar com a faca para deixar em palitos. Sua primeira vez nisso. Sua primeira vez na cozinha. Sua primeira sendo mestre-cuca”.
Rrrrrggggrrrrrrr — E agora e agora. – A faca não parecia tão afiada e já estava usando a terceira. Desta vez era uma faca de cortar pão, ou do tipo. E falando em pão, que este, se situava ao lado de um queijo suculento e amarelado, junto e bem ao lado, à tabua onde o salame em cortes semi-verticais, chamou sua atenção e fez roer o estômago para um tira gosto rápido.
Ah! – Saltou os olhos surpresos com o susto. O bicho subia em suas mãos com facilidade. Era pequena e rápida, seus olhos não o acompanhava. — Cadê - cadê. - Segurava a faca de tamanho médio em cerras de cortar pão que chegava às pontas das unhas cravarem em sua pele.
O objeto preto foi rápido e ele raspava a mesa para pegá-la. O queijo caiu e rolou. — Cadê, cadê. – Ele apareceu novamente no balcão, e errou a tentativa. Tentativa essa, que fazia como estivesse picando ou martelando um prego, e a barata, sairia de cena. — Onde ela está? – Perguntou-se.
Seus olhos apurados e com a faca na mão. Seus passos e movimentos eram de um lado para outro. Ao retirar o cacho de banana, o susto, e o golpe instintivo foi sem resultado. A barata estava indo, estava indo e foi até chegar à fritadeira elétrica e voltar. Ali ele tentou.
A faca cravou na madeira espessa do armário sob medida e ele tentou retirar com rapidez. Só que, com a raiva e o esforço até agora tentando matar a barata, sua mão resvalou no cabo que já era liso. O susto e o instinto o fez pegar e puxar com mais raiva.
Vermelho era pouco perto de um tomate maduro. E a barata? Imóvel em um dos cantos paradinha, paradinha sobre o mesmo lado do balcão. Bem ali, e ele encarando. A barata parada, e ele olhando. A barata parada, e ele encarando. A barata foi e ele... descuidou-se do tapete do chão sendo pisoteado.
Tropeçou e espatifou com as duas mãos na fritadeira elétrica, uma mão queimou e a outra, que segurava a faca de pão, arrancou e cortou os fios do objeto. As faíscas eram inevitáveis e o pequeno fogo surgiu nas madeiras que fechava atrás. E nos lados. E em baixo. E depois em cima.
— Meu deus. E agora, e agora. O que eu faço? – A cara de preocupação chegava ser engraçada. Seu tic de coçar a cabeça começou e... o chuveirinho de alerta de incêndio iniciou. A luzinha vermelha do corredor ele viu.
Barulhos na porta e a companhia alertando duas vezes. Aos tropeços ele foi até ao encontro. A porta parecia longe até se esquecer que tava aberta. Dois, não, são três bombeiros do bairro. Sorte que o corpo de bombeiros do bairro funciona. O alerta de incêndio era como se fosse particular. Era para isso mesmo. — Bom que funciona.   
— Para trás meu jovem. Para trás. – Falou um dos homens com um extintor na mão.
— Fique na porta. Bob. – Outro bombeiro segurando a mangueira de incêndio entrara tão rápido que já vinha jorrando água.
Dois, três minutos no máximo foi o tempo que os três bombeiros recolheram a mangueira e um deles tirava o seu capacete protetor para falar com o gurizão meio assustado e ainda vermelho. De vergonha. De raiva.
— Bob – seu gesto de confiança. — Meu jovem Bob. Tudo está normalizado. Você está bem? – Quis saber dele. O rapaz esse, que já o conhecia de muito tempo.
— Sim. Estou bem Senhor Walter. - Respondeu envergonhado.
— Bem mesmo? – Insistiu na pergunta olhando-o meio cabisbaixo, mas cabisbaixo foi só para olhar o tapete da sala e ficar pensando no outro no qual ele tropeçou.
— Se eu aguentar ninguém dizendo por 10 dias pelo bairro – enfim disse ele — Vou me sentir melhor.
— Ta. Ta tudo bem. – disse Walter brevemente em voz grave. — Bom. Só foi um susto Bob, nada que não pode ser resolvido. Não foi muito, mas... fogo é fogo. Eu ligo mais tarde pro teus pais Bob. Garanto que eles já estão vindo. - respirou e tossiu para o lado em seu rosto suado em sua pele morena envolvida em sulcos de experiência nessa vida. Voltou a concluir.
— Aham...fique aqui na sala e não vá na cozinha até eles chegarem. – ele suspirou. — É bom saber que esses alarmes funcionam não acha? – demonstrou seu gesto confiante para o garoto. — Daqui a pouco o pessoal do seguro já vão estar aqui, então... Boa noite Bob. – Despediu-se e o Bob lhe retribuiu e agradeceu.
 O olhar para rua era nada bom. As luzes de duas viaturas encostando, piscavam de emoção para os meninos da vizinhança. O trio das tias fofas cochichavam. O barulho da porta lhe acordou para a realidade olhando para a casa. Metade da cozinha em cascas de carvão molhado. Era pouco. Agora é só esperar pela família e rezar.
— Vai ser um banho de água gelada quando eles virem isso. – Seu pensamento era só nisso. A mijada vai ser fria e não quente. — Se eles vão querer saber, eu vou ter que mentir. Uma barata? Fala sério!
— Bom. – suspirou com as mãos na cintura — To vendo que não vou sair. Vamos ver se dá tempo de pedir um bauru.
Fim